A freguesia

História
A sua existência remonta ao século XIII. Diz-se que tem o nome de Bemposta por estar bem situada, por onde passou a via romana Bracara-Augusta-Mérida. Conta-se que os Romanos estiveram nesta localidade para procurar ouro na água do Rio Tejo e afluentes. A lenda assim o testemunha: os aros das portas da Aldeia (herdade) de Água Branca, antigamente com o nome de Vila do Chão Frio, eram em ouro puro. São terras que pertenceram à Ordem do Hospital. D. Nuno Alvares Pereira dormiu em Água Branca, quando ia a caminho da Batalha de Aljubarrota. Existem documentos que testemunham o interesse do Rei D. João I em vir caçar para esta região.

Existem também vestígios e testemunhos do que terá sido uma estalagem, a qual teria o nome de Venda da Mestra e que terá tido o seu fim no reinado de D. Dinis, segundo se conta terá sido o próprio Rei, juntamente com as suas tropas a encerra-la, alegadamente por práticas de canibalismo, o que terá dado origem a uma lenda conhecida pela lenda das sete azinheiras. Tratava-se de uma paragem que servia os viajantes e mercadores que por ali passavam. Existiam até à pouco tempo no local, sete azinheiras que foram propositadamente predispostas em forma de circulo para assim permitir ao mesmo tempo fornecer sombra, bem como prender os animais das pessoas que por ali passavam. Ainda hoje é fácil encontrar na zona restos da sua existência, sendo frequente a procura e tentativa de encontrar moedas antigas, havendo relatos de terem sido encontradas algumas, sendo também frequente, aquando da mobilização dos terrenos encontrarem-se potes que ali foram enterrados. O local de que falamos é conhecido pelo nome de cruzamento das azinheiras, na estrada conhecida como estrada militar, sendo outrora um local onde se cruzavam rotas de passagem e fica entre as aldeias de Água Travessa e Chaminé. É uma lenda muito interessante, havendo muitos testemunhos a seu respeito.

Uma figura importante da freguesia foi, sem dúvida, o Dr. Manuel Rodrigues Júnior. Nascido em 1889, foi jurisconsulto, escritor, jornalista e várias vezes Ministro da Justiça, no fim da década de 20. Enquanto integrou o Governo, conseguiu para a freguesia a construção de três pontes e uma escola primária. Por toda a freguesia existe um número enorme de fontes e nascentes, algumas repletas de beleza nas suas construções.

 
As Festas
A festa mais importante da freguesia é consagrada a Nossa Senhora do Rosário, na Quinta-Feira da Ascensão, em Bemposta, sede da freguesia. Com mais de dois séculos de existência, dura quatro dias. No final de cada dia de festa há arraial e, no dia da missa, assiste-se à saída da procissão em que algumas crianças, vestidas de anjinhos, são acompanhadas por uma banda. Ainda na sede de freguesia, realizam-se: o Festival de Folclore em setembro, as Festas da Sociedade Recreativa e Musical de Bemposta no fim-de-semana mais próximo do dia de aniversário (6 de julho), a sardinhada da Associação de Solidariedade Social, a Festa Bempos'tá Jovem, bem como a sardinhada organizada por altura dos santos populares, pelo rancho folclórico.

As festas nas outras localidades da freguesia
- Chaminé: no 1º ou 2º fim-de-semana a seguir à ascensão.
- Água Travessa: no último fim-de-semana de julho e em setembro a festa da filhós.
- Brunheirinho: no 1º fim-de-semana de agosto
- Vale de Horta: no 2º fim-de-semana de agosto
- Foz: no fim-de-semana mais próximo do dia 15 de agosto.


Área – 188.26 km2
Habitantes – 1797
Localidades – Bemposta, Água Travessa, Baralho, Brunheirinho, Chaminé, Casal das Courelas, Estação, Foz, Telhado, Vale de Açor e Vale de Horta, bem como vários outros “aglomerados e montes” Herdades Agrícolas de nomes reconhecidos pela sua importância e dimensão.


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