A freguesia

 História

A União das Freguesias de Alvega e Concavada foi criada pela Lei nº 11-A/2013 de 28 de janeiro. Anteriormente existiam a Freguesia de Alvega e a Freguesia de Concavada.

 

É uma Freguesia a sul do concelho de Abrantes, situada na margem esquerda do rio Tejo- onde o rio começa a libertar-se dos vales profundos e a espraiar-se, formando as aluviais e férteis lezírias, e onde o mesmo curso deixava, até há bem pouco tempo, de ser navegável para montante, sendo assim o ponto extremo da navegação contínua, com barcos, que principiava na foz. Deste local é possível apreciar as margens do rio, as lezírias bem como todos os trabalhos agrícolas que ainda são feitos por diversos habitantes.

 

 

Alvega

“Alvega” aparece pela primeira vez mencionada em 1194, em documento que atesta a doação feita por D. Sancho I das terras de Guindintesta à Ordem dos Hospitalários.

Alguns autores defendem que o topónimo “Alvega” deriva da designação que os árabes davam a este local – Alrega, outros autores defendem que é um topónimo híbrido com o artigo “al-“ seguido de vega “veiga”.

Alguns testemunhos baseados em dados históricos referem que Alvega remonta à época das ocupações fenícias e gregas, tendo sido encontrados vestígios dessas civilizações numa zona chamada Barca de Bandos, na confluência da Ribeira da Lampreia com o rio Tejo. Aquando da conquista romana do local, em 130 a.C., esta seria já uma importante cidade, chamada “Ayre” ou “Aritium vetus”, possuindo já um porto fluvial, passando ainda por aqui uma via militar que ligava Lisboa a Mérida. A destruição desta cidade é atribuída às invasões bárbaras.

Da antiga cidade romana persistem ainda alguns vestígios, tais como: arruamento, alicerces de casas e sepulturas, galerias subterrâneas, as ruínas de um possível aqueduto, troços de calçada militar e, junto do Tejo, pilares que se julga terem servido uma ponte.

O sector primário é, ainda hoje, sob a forma agrícola e florestal, a actividade mais importante na economia de Alvega, seguida do sector dos serviços, ainda que, durante o século XX tenham funcionado na freguesia algumas unidades industriais, como uma fábrica de refrigerantes, fábricas de cerâmica e uma oficina metalomecânica.

 

 

Concavada

Concavada foi instituída pelo Decreto-Lei nº 109/85, de 4 de outubro, a partir de alguns lugares que integravam Alvega. Embora se trate de um povoado recente, o mesmo não se passa com alguns dos seus lugares, cuja origem nos leva a recuar a épocas bem remotas, o que é revelado não só pela toponímia local, mas também pela arqueologia que apresenta uma considerável documentação romana. O topónimo “Concavada” é uma variante da palavra latina “concha”, fazendo por vezes alusão a acidentes orográficos, o que poderá não ser o caso, pois a alusão feita poderá ser relativa ao mar, visto que a aldeia de origem destes lugares, terá sido fundada pelos fenícios, povo marítimo por excelência, existindo mesmo provas conclusivas da sua presença. Contudo, é ainda de considerar a interpretação popular, que diz que Concavada teve origem nuns “Cuncas”, nome de uma família que veio à região fazer uma cavada, para depois aí se fixar; argumentando que ainda hoje por lá existem pessoas com aquele apelido.

Das figuras ilustres de Concavada destaca-se o poeta português António Botto (1897-1959) que nasceu no Casal da Concavada e a sua obra poética, admirada por Fernando Pessoa é muito vasta.

A nível económico a Concavada é essencialmente agrícola, amparada pela pequena indústria, comércio e serviços.

 

 
Símbolo

O brasão e a bandeira da União das Freguesias de Alvega e Concavada foram publicados no Diário da República, 2ª série de 3 de novembro de 2014 com a seguinte descrição:

 

Brasão – escudo de ouro, barco de negro, mastreado e cordoado do mesmo, realçado de prata e vestido de azul, vogando em campanha ondada de azul e prata de quatro tiras (representam a pesca, os portos fluviais e a navegação tradicional no rio Tejo), entre dois ramos de oliveira de verde, frutados de negro, postos em pala (representam a agricultura e a olivicultura que são actividades de grande tradição na Freguesia). Coroa mural de prata de três torres. Listel de prata com a legenda a negro, em maiúsculas “UNIÃO DAS FREGUESIAS DE ALVEGA E CONCAVADA”.

 

Bandeira – de cor azul. Cordões e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.


A Festa

Festa em Honra da Nossa Senhora dos Remédios (ALVEGA) – último fim-de-semana de Agosto

Feira Gastronómica e Cultural de Alvega (ALVEGA) – último fim-de-semana de Junho incluindo a quinta e sexta-feira anteriores

Festa em Honra da Senhora dos Navegantes (CONCAVADA) – Julho

Festa da Associação de Melhoramentos de Tubaral (TUBARAL) – Maio

Festa da Associação Cultural e Recreativa de Casa Branca, Areias e Lampreia (CASA BRANCA) – Junho

Festa do Grupo Folclórico e Etnográfico da Freguesia de Alvega (MONTE-GALEGO)

 

Outras atividades

Feira Anual em Alvega – 3º fim-de-semana de Setembro

Romaria em Honra da Nossa Senhora dos Remédios – Segunda-feira de Páscoa

Aniversário do Grupo de Danças Rítmicas de Concavada – Setembro

Canto das “Janeiras” – 6 de Janeiro


Área - 75,85 km2
Habitantes – 2152
Localidades - Alvega, Concavada, Casa Branca, Areia de Cima, Areia de Baixo, Lampreia, Monte-Galego, Ventoso, Tubaral, Portelas e Ribeira do Fernando.


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